Reequilibrar os movimentos do corpo reduz dores na lombar
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A dor na lombar atinge anualmente cerca de 65% da população brasileira e até 84% das pessoas sentirão o desconforto em algum momento da vida. Um dos primeiros sintomas dessa disfunção é a sensação de peso ou queimação nas costas, no corpo, gerando, até mesmo, dificuldade para realizar as tarefas do dia-a-dia. A dor vem seguida de uma alteração do movimento muscular e atividades que pareciam simples, como caminhar, vestir uma roupa ou calçar um sapato, passam a ser o vilão de quem sofre com lombalgia.

 

De acordo com a fisioterapeuta e osteopata Cibele Paranhos, para reduzir as dores desse paciente é preciso reequilibrar o movimento corporal e não só tratá-lo com medicamento. “Os remédios vão ajudar a relaxar a musculatura, mas não reequilibram a mecânica do movimento corporal do paciente. Esse reequilíbrio se dá pela liberação da musculatura, através de técnicas manuais, de agulhamento a seco, associado às manobras de liberação vertebral”, afirmou.

 

Ainda segundo ela, a osteopatia, técnica utilizada em seu consultório, analisa quais os músculos estão em tensão, em contratura muscular, desalinhando as vértebras e causando restrição de movimento. Ela destaca que muitas causas, por exemplo, estão ligadas às situações antigas que não foram tratadas devidamente. “Muitas vezes sofremos pequenos entorses, lesões, viramos o pé de forma descuidada e não tratamos logo em seguida. Movimentos inadequados como estes, por exemplo, podem gerar uma tensão na canela, na coxa e promover dores na lombar, levando à limitação para andar e correr”.

 

Outros aspectos que devem ser analisados são a respiração do paciente, a realização de cirurgias, a região em que foi feita a intervenção cirúrgica, além dos aspectos emocionais que podem estar correlacionadas às disfunções, mantendo o estímulo associado à dor. “Sinais como sentimento de desvalorização, inclusive sexual, de ter sido dominado, de não conseguir se opôr a uma opinião podem estar relacionadas à origem da dor”, destacou Paranhos. Ela registra que a fisioterapia não trata os sentimentos, mas poderá sinalizar o que está envolvido e indicar os profissionais especializados. “O corpo íntegro precisa de uma equipe de profissionais integrada que valorize o ser humano, ajude o indivíduo a solucionar seus conflitos e esclareça para a sociedade que a fisioterapia pode ser fundamental para que o paciente veja com um olhar mais direcionado sobre o que seu corpo está promovendo”.

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