O estilo de vida deve ser valorizado como indicador de saúde
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Atualmente, para grande parte das pessoas, a busca pela saúde resume-se a diminuição de sintomas. Para elas um tratamento de saúde deve ser rápido, superficial e não necessariamente resolutivo.

As cobranças e necessidades por resultados, anteriormente características de grandes centros urbanos, invadiram o interior. Em meio ao turbilhão de estresse o corpo deve buscar adaptações de todos os seus sistemas, como pressão arterial e frequência cardíaca. A respiração livre e relaxante, utilizada como uma ferramenta para buscar equilíbrio fisiológico por qualquer tipo de terapia holística, foi modificada com uma maior frequência, velocidade e menor amplitude.

Normalmente, os sintomas são o primeiro sinal de alarme corporal. São uma forma de aviso que algo está errado e merece mais atenção por parte do indivíduo, portanto ao percebê-los surge a oportunidade de repensar algo que está acontecendo com seu corpo ou sua vida.  Entretanto, no mundo moderno esta leitura normalmente é negligenciada e substituída por analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios. Nestes casos a prioridade não é a saúde, mas a capacidade produtiva, o trabalho e no máximo uma breve sensação de bem-estar.

Segundo dados do IBGE os gastos com medicamentos consomem quase 50% da despesa com saúde do Brasileiro.

A transferência de responsabilidades, característica da vida corporativa, transformou-se também em modelo de cuidado. Em geral, doentes buscam por profissionais especializados, negociam valores e cobram por resultados. Se a meta não é atingida muda-se apenas o prestador do serviço, mas o caminho em geral é o mesmo.

Saúde não é um produto do acaso, mas uma reação de quem a pessoa é e o que ela faz. Buscar saúde em sua integralidade exige protagonismo do indivíduo, participação nas decisões e nas mudanças necessárias para sua recuperação. O verdadeiro bem-estar envolve múltiplos fatores, como as relações pessoais, valores, crenças, positividade e autoconsciência, por exemplo.

A multidisciplinaridade deve ser substituída pela interdisciplinaridade e o paciente deve ser o chefe desta equipe, guiando cada um dos membros para encontrar o melhor caminho para a cura verdadeira. A visão integral, assim como as práticas integrativas em saúde, são incentivadas pela Organização Mundial de Saúde desde 1978 e atualmente nota-se um aumento crescente no número de pessoas que busca este tipo de serviço.

Independente da opinião de críticos ou admiradores, nota-se que propostas terapêuticas como Osteopatia, Acupuntura, Microfisioterapia, Thetahealing, Constelação Familiar, Medicina Antroposófica, Psicobiologia, Medicina Quântica, por exemplo, tem ganhado cada vez mais adeptos. Para uma boa saúde é necessária a transformação de sentimentos como raiva, rancor, mágoa, tristeza em algo possível de compreensão, pois para alcançar a fisiologia corporal equilibrada é necessário trabalhar fatores emocionais, ambiente de vida e energia vital, além da mobilidade e anatomia dos sistemas.

Paciente J.C.S., 50 anos, em 2017 sofreu uma queda de um caminhão no trabalho. Em consequência disso fez algumas lesões na coluna vertebral, que limitaram sua marcha e proporcionaram fortes sintomas de dor lombar. Durante um ano, após o trauma, fez tratamento apenas por uso de medicamentos, principalmente analgésicos, levando também a um quadro depressivo, sem mudança do sintoma de dor. Iniciou um tratamento com Osteopatia e Fisioterapia, com foco de atenção nos movimentos, mudança de crenças e participação ativa no processo de cura.  Sete meses após estes atendimentos voltou a caminhar, apresenta dores leves e esporádicas, perdeu 20kg e segue evoluindo. Neste caso, os exames de ressonância magnética antes e após o tratamento também são uma testemunha das possibilidades deste tipo de abordagem em saúde.

Fisioterapeuta Thiago Tostes Melo

Especialização em Osteopatia

Site: https://glo.bo/2QbH2Iv

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