É POSSÍVEL VIVER SEM DOR!

INTRODUÇÃO

A dor crônica é caracterizada como dor que persiste depois do tempo esperado para cura ou cicatrização (normalmente 3 ou 6 meses). Comumente persiste por mais de 6 meses após lesão e por tempo maior que o usual para a recuperação deste tipo de lesão, a dor contínua na presença ou ausência de patologia demonstrável, e não responde aos tratamentos usuais para a dor.

Muitos pacientes se prendem a diagnósticos, e não realmente aos seus sintomas, e no caso da dor crônica, ele pode ser paralisado e ter diversos prejuízos, quando se prende somente ao seu diagnóstico ou crenças negativas.

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TIPOS DE DORES:

  • Nociceptivas (inflamatórias);
  • Neuropáticas (que afetam o sistema nervoso central);
  • Nociplásticas (decorrente da nocicepção alterada).

 

VOCÊ PRECISA SABER QUE:

  • Estima-se que até 30% da população mundial sofra de dor crônica;
  • Pacientes com dor crônica usam os serviços de saúde cinco vezes mais do que o restante da população;
  • Atualmente é um problema de saúde pública;
  • Possui prevalência em mulheres e indivíduos com menor nível socioeconômico, apresentando dores mais frequentes e intensas
  • Entre as dores crônicas, a mais prevalente é a lombalgia, seguida de dor nos membros inferiores, cervicalgia, membros superiores, dor generalizada, cefaleia e dor orofacial.

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A EDUCAÇÃO EM DOR

A educação baseada em neurociência (EBN) é destinada a alterar o conhecimento dos pacientes sobre seu estado de dor e modificar seus conceitos sobre a dor. O processo pode ocorrer em uma sessão ou sessões de ensino descrevendo a neurobiologia e neurofisiologia da dor.

Quando falamos em Educação em Dor devemos levar em consideração que esse é um processo educativo e não informativo. Sendo importante que tomemos conhecimento de técnicas de ensino e aprendizagem.

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FORMAS DE INTRODUZIR O EXERCÍCIO

Algumas formas mais indicadas de expor ao exercício são expor este paciente ao exercício de forma gradativa ou fracionada, distrai-lo com outros focos, ter aceitação e comprometimento do mesmo com o tratamento, orienta-lo sobre possíveis recaídas durante o processo, e a comunicação inteligente, usando uma forma verbal passiva, incentivando o mesmo.

 

TRATAMENTO

Existem dois grandes aliados para este tratamento, se destacando os exercícios e a terapia manual. A osteopatia e a terapia manual dentro do tratamento ajudam nos problemas de dores mecânicas, lesões teciduais, alterações envolvendo sistema nervoso autônomo, conflitos biológicos, entre outros.

Os exercícios resistidos ajudam a aumentar a resistência tecidual, cardiorrespiratória, prevenir lesões, melhorar performance e a reequilibrar as relações físicas e emocionais do paciente com seu corpo e sintomas.

 

CONCLUSÃO

Para podermos auxiliar o paciente, ele precisa entender a importância da participação e entendimento em todo o processo, devemos acolhe-lo e ensina-lo sobre o que é esperado do seu caso, e o que podemos evoluir. A dor pode ser um freio, para diminuir a velocidade, mas nunca deve ser uma parede.

 

REFERÊNCIAS

  1. Ashmawi H. Programa de Educação Continuada em Fisiopatologia e Terapêutica da Dor. Equipe de controle de dor. 2020.
  2. Butler D, Moseley G. Explicando a dor. Noigroup Publications, 2009.
  3. Hotta G, Oliveira A, Alaiti R, Reis F. Abordagem terapêutica do medo relacionado à dor e da evitação em adultos com dor musculoesquelética crônica: revisão integrativa e roteiro para o clínico. BrJP. 2022;5(1):72-9.
  4. Louw A, Puentedura E. Therapeutic Neuroscience Education: Teaching Patients about Pain: a Guide for Clinicians. International Spine and Pain Institute, 2013
  5. Rogerio Liporaci. Acredite: a vida sem dor e possivel. Editora gente. 2020;(1),0-256.