A dor no cotovelo conhecida como cotovelo de tenista, ou epicondilite lateral, é um tipo de condição clínica que costuma afetar esportistas amadores, profissionais e até trabalhadores que desenvolvem algum tipo de atividade laboral com sobrecarga, ou repetição exagerada de movimentos.
Os sintomas mais comuns são dor no cotovelo durante a extensão de punho resistida, flexão passiva e principalmente no movimento de preensão. Apesar deste tipo de problema não representar nenhum risco importante de saúde e as chances de tratamento cirúrgico serem mínimas, a dor causa limitações significativas para prática esportiva, no trabalho e até em movimentos simples do cotidiano.
Alguns pacientes têm sintomas persistentes e realizam tratamentos que trazem poucos benefícios ou resultados de melhora, portanto o objetivo deste material é ajudar terapeutas e as pessoas em atendimento a encontrarem os melhores caminhos de reabilitação.
Um estudo publicado na British Journal of Sports Medicine¹, onde foram analisadas 28 pesquisas que cumpriam com critérios metodológicos adequados para análise de dados, mostrou que técnicas de terapia manual, como a MWM (mobilização com movimento), possuem evidência de moderada a forte para este tipo de condição clínica. Este mesmo estudo destacou como positiva a ação de prescrição de exercícios terapêuticos para estes casos.
Ainda sobre dados científicos relacionados aos tipo de tratamento de epicondilite lateral, pesquisadores observaram que mobilizações articulares realizadas para equilibrar atividade do sistema nervoso simpático, de gânglios látero-vertebrais de T5, melhoraram o sintoma de dor² e em outro estudo onde foi realizada a mobilização articular direta no cotovelo foi percebido o aumento da amplitude de movimento do ombro dos pacientes³.
Os dados apresentados nestas pesquisas não podem ser considerados um fator determinante na escolha da conduta do fisioterapeuta responsável pelo tratamento de um paciente, mas podem auxiliar na tomada de decisão clínica desde que o paciente apresente as características necessárias para sua indicação.
Para finalizar este texto, quando alguém perguntar se o tratamento de epicondilite lateral tem cura? A resposta é que os dados clínicos e científicos apontam que sim, pelo menos na grande maioria das vezes que são realizados tratamentos adequados.
Boa sorte com seu tratamento ou com seus pacientes.
¹ http://dx.doi.org/10.1136/bjsm.2004.016170; ² https://doi.org/10.1186/s12891-020-3175-y; ³ https://doi.org/10.1054/math.2001.0407.
