INTRODUÇÃO
Na vida, todas as mulheres passam por etapas marcantes. Na adolescência, iniciando entre 11 e 15 anos de idade ocorre a menstruação, ciclos mensais de sangramento vaginal que vão durar até os 45-50 anos em média.
A dismenorreia primária, popularmente conhecida como cólica menstrual, é um tipo de dor que ocorre antes ou durante o período menstrual, localizada no baixo ventre, pode ser acompanhada de cefaléia, náuseas, tontura e até desmaios.
A síndrome pré-menstrual (SPM) pode causar algumas alterações físicas, comportamentais, cognitivas e de humor, interferindo negativamente em atividades estudantis e laborais. Normalmente, estas condições clínicas são acompanhadas de disfunções na mobilidade do útero, trompa, ovários, ou tensão dos tecidos na pelve. Além disso, aderências e falta de liberdade nos tecidos ao redor do útero podem impedir sua ação regular, provocar diversos tipos de desconfortos, até um estado de mau humor!
A dismenorreia pode ser classificada, a partir da intensidade álgica, como leve, moderada e grave. De acordo com a etiologia, é subdividida em: primária, quando ocorre em mulheres sem nenhuma causa orgânica; e secundária, quando associada à patologia subjacente.
A osteopatia é um tipo de metodologia de avaliação e tratamento, que considera a capacidade de movimento de cada estrutura corporal como uma possível causa ou consequência para um sintoma. Neste tipo de abordagem são usadas técnicas manuais não invasivas e os movimentos dos tecidos para restabelecer equilíbrio, a fluidez circulatória, capacidade metabólica local como uma ativa de buscar a homeostase.
Apesar de ser um recurso pouco conhecido e divulgado entre a população em geral, existem artigos importantes documentando casos de sucesso neste tipo de intervenção¹-³. Outro ponto de destaque é que a própria medicina não tem grande quantidade de recursos de intervenção nestes casos, variando entre as prescrições de medicamentos para alívio de sintomas, até cirurgias para endometriose, em casos mais graves.
A cólica, na maioria das vezes é a soma de desequilíbrios (mecânicos, vasculares, neurológicos e/ou endócrinos), que acabam gerando tensões no útero e ovários, alterações da circulação sanguínea para os órgãos, desregulação na condução dos impulsos pelo sistema nervoso e alterações no funcionamento endócrino do eixo hipotálamo-hipófise-ovários, responsável pela regulação hormonal ao longo do ciclo.
Para a Osteopatia, entender o funcionamento do ciclo menstrual e conhecer profundamente a anatomia e função das estruturas que participam dele, representam o principal caminho de avaliação, intervenção e tratamento.
No corpo humano todas as estruturas têm tipos diferentes de interligações, sejam elas fasciais, neurológicas ou vasculares, portanto outro fator de destaque é a necessidade de investigar como cada parte do corpo participa dos sintomas finais apresentados pelas pacientes. Um exemplo bem claro disso é demonstrado pela quantidade de mulheres que durante seus ciclos menstruais apresentam agravamento de dores lombares, cefaleia, dores cervicais, etc.
Viver com dor não é normal! Em caso de permanência dos sintomas procure seu Osteopata.
REFERÊNCIAS