O ciclo menstrual é algo natural e necessário presente no sexo feminino, porém, para que isso aconteça o corpo sofre alterações hormonais importantes que podem acarretar em alguns desfechos que são considerados sintomas.
A Síndrome da tensão pré-menstrual é o período que precede a menstruação, onde as alterações hormonais são muito grandes e, com isso podem aparecer sintomas nesse período, sendo eles psicológicos ou físicos.
Os sintomas mais comuns presentes na mulher nesse período são: irritabilidade, ansiedade, fome em excesso ou falta de apetite, cefaleia, dores osteomusculares, entre outros.
Embora as alterações hormonais sejam as mesmas nas mulheres, nem todas apresentam a mesma intensidade dos sintomas e, ainda, muitas não apresentam sintomas no período pré-menstrual, por isso não podemos descartar outros fatores que podem influenciar sobre a TPM, sejam eles sociais ou físicos. Sempre que uma mulher apresenta sinais exacerbados nesse período é importante o questionamento sobre seu controle hormonal e as estruturas que são responsáveis por essa função, como alterações anatômicas na região pélvica ou tensões na dura-máter influenciando no funcionamento do sistema nervoso central.
CASO CLÍNICO
Paciente de 33 anos chega ao consultório com queixa de cefaleia e com diagnostico médico de enxaqueca pós gestação, sofrendo do mesmo há 13 anos, sempre antes da menstruação a dor é intensificada desde novembro de 2018. Esse sintoma se tornou constante, sendo todos os dias, com perda visual no olho esquerdo, descobrindo tumor benigno em hipófise sendo retirado em abril de 2019 e permanecendo 1,7 cm, que não foi totalmente retirado devido à hemorragia, depois de retirada tumor, paciente relata diminuição da acuidade visual à direita. Também relata dor irradiada pra ombro esquerdo e coluna torácica.
Paciente relatou grande dificuldade para dormir e estresse constante, a mesma relatou que não menstrua há 6 meses, ausculta posterior e lateral a esquerda, lifiting em rim esquerdo positivo, perna esquerda mais edemaciada, ausculta local em região de ovário a esquerda, encontrada ainda em ausculta craniana disfunção importante de esfenóide.
No primeiro atendimento foram utilizadas técnicas de mobilidade e motilidade de rim esquerdo, ovário esquerdo e sistema suspensório, liberação dos músculos suboccipitais, técnicas de CV4, plataforma, técnica para tratamento de esfenoide.
Na segunda sessão paciente relatou melhora dos sintomas de dor de cabeça, exaltando que teve o sintoma apenas uma vez na semana, perna esquerda sem edema, relata melhora na sensação de estar com estomago inchado, e relata dor nas articulações e torácica média, porém com componente de estresse emocional familiar (marido).
No segundo atendimento foi utilizada apenas a terapia craniossacral.
Paciente chegou para a terceira sessão, relatando melhora completa da dor de cabeça, sentindo apenas quando realiza movimentos forçados, melhora da dor torácica, mantendo apenas dor articular, com um pouco constipação intenstinal.
No terceiro atendimento foi realizada ausculta global, que evidenciou ovário à esquerda, foram realizadas técnicas para o ovário, mobilidade de útero e rim esquerdo, soltura de colón descendente e cólon sigmoide, CV4, plataforma, liberação de entrada torácica e esfenoide.
Após a terceira sessão, paciente relata que consegue menstruar, e que está no momento com muitas dores na região de ovário e útero, não apresentando dor de cabeça e articular, uma sensação de alivio para o corpo, se sentindo mais leve.
No quarto atendimento foi utilizada apenas a terapia craniossacral, onde a paciente relatou após semanas não estar sentindo mais dor e bem mais disposta para acordar, dormindo melhor, se sentindo bem, com diminuição da sensação de inchaço e mal estar.