Caso Clínico: OSTEOPATIA E CEFALÉIA EM CRIANÇAS
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Cefaleias são queixas frequentes em adolescentes e crianças, porém muitas vezes, dependendo da idade da criança, o diagnóstico se torna deficitário devido à dificuldade de expressão da criança em relação às queixas.

Algumas doenças explicam as cefaleias, essas doenças são diagnosticadas através de exames clínicos em consultas médicas e, muitas vezes com a realização de exames, a conduta terapêutica após esses diagnósticos é sempre medicamentosa e nem sempre o tratamento é eficaz.

A maior dificuldade no tratamento das cefaleias é quando todos os exames realizados não evidenciam nada que explique o sintoma e os analgésicos não surtem efeito sobre o paciente.

Sem pensar apenas em doenças possivelmente diagnosticadas com exames, a osteopatia avalia o paciente com tal queixa de forma global, pois se sabe que considerando a globalidade do indivíduo sintomas podem ter causas distintas e a distancia, considerando, por exemplo, toda a questão vascular e o caminho venoso e arterial, inervação dos músculos da face e do crânio, a coluna vertebral como um todo devido a existência da dura-máter, entre outros fatores.

Dessa forma, pacientes com o mesmo sintoma são tratados de forma diferente devido sua individualidade, assim a osteopatia se torna eficaz no tratamento dos pacientes com cefaleia, tendo ou não diagnósticos clínicos fechados.

 

CASO CLÍNICO:

Paciente, menina, seis anos de idade, há três anos cefaleia persistente, crises fortes associadas até a vomito, realizou tratamento medicamentoso, porém sem nenhum resultado. Apresentou uma frequência de dores de cabeça de seis a sete vezes ao mês, descritas em relatório de acompanhamento feito pela mãe, desde o início do ano de 2018. Nos relatórios foram anotados o dia em que a filha estava com o sintoma, o horário e o que estava fazendo ou comendo, entretanto não foi identificado um padrão de comportamento, que desencadeasse os sintomas.

Na avaliação foi encontrada uma importante disfunção de quadril esquerdo com uma tensão muito grande em todo gradil costal, bem como ombro do lado esquerdo, sem histórico de quedas.

Mesmo com questionamento mais específico nenhum fato explica toda a disfunção encontrada no hemicorpo esquerdo da paciente, bem como as disfunções em base do crânio, ossos temporal, parietal e esfenoide, todos em disfunção do lado esquerdo.

Para o tratamento foi utilizado:

  • Mobilizações articulares para quadril e gradil costal;
  • Liberação dos suboccipitais e base do crânio;
  • Técnica específica para tubo dural;
  • Técnica descompressiva na região de ATM;
  • Terapia craniossacral.

Foram realizadas quatro sessões com a paciente. Desde o início do tratamento apresentou apenas uma crise de dor de cabeça, no período de um mês.

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