Cada vez mais vemos que os fatores emocionais influenciam nas condições musculoesqueléticas. Muitas vezes os pacientes nem estão cientes da situação que está influenciando no aparecimento ou manutenção de seus sintomas ou doenças, portanto se prendem em tratamentos paliativos que procuram reduzir os prejuízos, porém que não resolvem os problemas.

Os sintomas de causa emocional podem surgir por todo o corpo e se manifestar de diversas formas, por isso não podemos descartar a presença desses fatores em nenhum paciente!

Podemos interpretar os sintomas e emoções de acordo com o local em que aparecem ou a maneira em que são relatados por exemplo, mas o mais importante é que o paciente tome consciência de sua condição para que possa buscar alternativas de melhora!

CASO CLÍNICO

Paciente apresentou-se para atendimento em osteopatia por conta de uma dor na articulação temporomandibular esquerda, relatando travamento e dificuldade para comer e falar, além de feridas na região inferior e lateral da língua. O mesmo relatou que já estava com o sintoma há quinze dias e que a intensidade era variável, porém com bastante limitação funcional.

Não possuía histórico de trauma na região da face, porém fez uma extração de dois dentes há aproximadamente cinco anos, mas nunca havia sentido tal sintoma.

Na avaliação foi encontrado:

• Ausculta global indicando componente emocional;
• Ausculta local para estômago;
• Ausculta do sistema craniossacral indicando RCS diminuído;
• Costelas assimétricas com arqueamento na região do estômago.

Para o tratamento foi utilizado:

• Protocolo de tratamento craniossacral;
• Liberação tissular de estômago.

Durante a realização das técnicas o paciente apresentou alterações autonômicas consideráveis, como espasmos musculares, sudorese e choro. Quando a técnica no estômago foi iniciada as alterações aumentaram, então o paciente relatou brevemente sobre acontecimentos passados e foi encorajado a descrever os acontecimentos.

Imediatamente após o atendimento foi relatado pelo paciente uma melhora de 70% da dor na região da ATM, após quatro dias o mesmo não possuía mais nenhum sintoma e relata que percebeu mudanças no seu dia-a-dia em relação aos aspectos emocionais e comportamentais.